Às vezes surge alguém com uma demanda inicial desse tipo, e por trás disso, algo como querer que alguém possa lhe “entender” melhor. Sem pensar em certas especificidades (pois elas sempre existem), não há a necessidade de se consultar ou se tratar com um profissional do mesmo sexo. Ouvir um paciente é simplesmente uma arte, é ouvir e ponto. O psicanalista, seja ele homem ou mulher, não está lá para ouvir a experiência do outro diante da própria e sim, a experiência do outro, seja homem, mulher, hetero, homo, bi, trans ou qualquer que seja a definição que esse outro defina (ou não) para si, incluindo os portadores de alguma limitação.
Foto de Sharon McCutcheon no Pexels